Ó velhas, frias páginas,
Vós, que contais tesouros
Sem voz nem arquejo:
Ternas, minhas, tão cálidas,
De sortes mães e agouros,
Em trevas doce lampejo!
Levai-me a boas lágrimas,
Terras, dias vindouros,
Meu puro e caro desejo.
Sois ricas, altas, impávidas,
Núncias de honra e desdouros!
De fato vos tenho por sábias,
Amigas que amo e almejo.
Vós, que contais tesouros
Sem voz nem arquejo:
Ternas, minhas, tão cálidas,
De sortes mães e agouros,
Em trevas doce lampejo!
Levai-me a boas lágrimas,
Terras, dias vindouros,
Meu puro e caro desejo.
Sois ricas, altas, impávidas,
Núncias de honra e desdouros!
De fato vos tenho por sábias,
Amigas que amo e almejo.
—
Gabriel Lago.
[Imagem: Wilhelm Leibl]
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