Nasce!
Mas nasce para ti mesmo;
não sejas vida ou sonho ou querer alheio.
Se choras, sejam tuas as lágrimas; se te aventuras na estrada, sejam teus os passos que ferem a relva.
Pois quantos se perderam no ser e no ver e no amar e no viver de outrem! Sendo quem não eram, não foram quem poderiam ser; completos, fizeram-se nulos.
Toma, então, o teu jardim e cultiva as tuas flores. Quão bela é a vermelha rosa do vizinho, mas quão melhores são o azul e o amarelo e o lilás e o branco dos lírios que semeaste! Daquela, contas apenas com o vislumbre; destes, tens ademais o perfume, o toque e a vida.
Mas nasce para ti mesmo;
não sejas vida ou sonho ou querer alheio.
Se choras, sejam tuas as lágrimas; se te aventuras na estrada, sejam teus os passos que ferem a relva.
Pois quantos se perderam no ser e no ver e no amar e no viver de outrem! Sendo quem não eram, não foram quem poderiam ser; completos, fizeram-se nulos.
Toma, então, o teu jardim e cultiva as tuas flores. Quão bela é a vermelha rosa do vizinho, mas quão melhores são o azul e o amarelo e o lilás e o branco dos lírios que semeaste! Daquela, contas apenas com o vislumbre; destes, tens ademais o perfume, o toque e a vida.
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Gabriel Lago.
[Imagem: Mary Maxam]
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