Promoção válida de 22 a 24 de novembro.
Gabriel Lago.
Revisor e preparador de textos.
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Maiúscula para quê?
“Quando falamos de Pontuação, é necessário entender que esse Assunto depende de Fatores Gramaticais importantes, e entre Eles está a Sintaxe. Como usar a Vírgula? A Resposta está na Sintaxe.”
Notou algo estranho aí? Se o abuso das iniciais maiúsculas fez apitar o seu radar, esse é um bom sinal.
Por mais que o texto acima seja exagerado, é comum encontrar quem use as maiúsculas, em maior ou menor grau, sem nenhum critério, empregando-as onde “parece bem”.
Para sanar esse problema, trago alguns casos (não são todos) em que usamos as maiúsculas no início da palavra:
1. Nomes próprios: Gabriel, José, Maria, Brasil, Terra (planeta)…
2. Nomes de períodos e acontecimentos notáveis: Revolução Francesa, Segunda Guerra Mundial, Idade Média…
3. Início de citação direta:
“Jesus disse: ‘Amai uns aos outros’.”
4. Opcionalmente, em títulos de obras, a menos que haja outro motivo dentro deles para maiúsculas:
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” ou “Memórias póstumas de Brás Cubas”.
5. Opcionalmente, em áreas do conhecimento, disciplinas, doutrinas, correntes, escolas de pensamento:
“Língua Portuguesa” ou “língua portuguesa”; “o Cristianismo” ou “o cristianismo”; “o Romantismo” ou “o romantismo”.
Por outro lado, NÃO se usa maiúscula:
1. Em dias, meses e estações: segunda-feira, domingo, outubro, novembro, verão, outono…
2. Em nomes próprios que se tornaram comuns:
“Não sou nenhum macgyver, mas sei me virar.”
3. Em substantivo comum que faça referência a um nome próprio:
“A Universidade de São Paulo oferece o curso de Direito. Essa universidade é uma das melhores do país.”
4. Depois de dois-pontos, se não é citação, nome próprio etc.:
“É disto que preciso: férias!”
5. Em palavras derivadas de nomes próprios: maquiavélico, platônico, machadiano…
Você conhecia esses princípios? Com eles, já tem um bom fundamento para usar as maiúsculas com moderação.
Siga-me no Instagram: clique aqui.
Pare de usar o LHE em tudo
Se você constrói frases como “Quero lhe ver”, “Depois lhe encontro”, “Eu lhe admiro”, pare agora mesmo — e nunca mais volte a fazê-lo.
Sim, eu sei que é louvável sua intenção de não misturar o pronome oblíquo “te” com a terceira pessoa (ele, ela, você), mas usar o “lhe” indiscriminadamente não é a solução.
Você precisa conhecer a diferença entre os pronomes “lhe” e “o”, “a”.
Quando se trata de verbos transitivos diretos — aqueles que se ligam ao complemento sem preposição —, esse objeto é representado, no caso da terceira pessoa, pelo pronome “o” ou suas variações de gênero e número: “a”, “os”, “as”.
As frases que citei no início, por empregarem verbos transitivos diretos, ficam corretas assim:
“Quero vê-lo” (ou “vê-la”, se o objeto for feminino).
“Depois o encontro” (ou “a encontro”).
“Eu o admiro” (ou “a admiro”).
Isso vale para todo verbo transitivo direto. Se não se liga ao complemento por preposição, esqueça o “lhe” sem pensar duas vezes, porque ele não estará adequado aí.
O “lhe” tem uso com certos verbos transitivos INdiretos (aqueles que se ligam ao objeto por meio de preposição), especialmente quando se emprega a preposição “a”:
“Eu lhe darei um presente” (dar algo a alguém).
“Já não lhe emprestei dinheiro antes?” (emprestar algo a alguém).
“Estamos distantes, mas vou lhe escrever” (escrever a alguém).
Como se vê, no caso da terceira pessoa, há situações que pedem os pronomes de objeto direto (“o”, “a”, “os”, “as”) e situações que pedem os de objeto indireto (“lhe”, “lhes”). Por isso é tão importante ter um conhecimento bem firmado de transitividade e regência verbal.
Já chega de usar o “lhe” como partícula universal, não? É pelo bem da sua comunicação.
Siga-me no Instagram: clique aqui.
sábado, 22 de janeiro de 2022
Links úteis
Língua Pátria (curso de língua portuguesa e escrita)
Formulário para receber informações exclusivas sobre o curso
Canal no Telegram + "Crase sem crise" (material)
Correio do Lago (periódico de e-mail)
Formulário para revisão de textos
Meu link para compras na Amazon
"Desvendando o dicionário" (Amazon)
sábado, 3 de agosto de 2019
Carta celeste
Enamorei-me de estrelas!
Pudera!
Do pálido azul ao rubro ardente,
No amarelo débil ou branco luzente,
Deu-me a lonjura prenda excelente.
Pérolas mil em negra enseada,
Amigas silentes, jóias ao nada,
Velas tantas de escura morada.
Quanto contemplei,
Quanto me foi dado!
Corria Órion caçador do Escorpião,
Prócion, veloz, do Menor Cão,
Antares a buscar sedento o cinturão
E as Marias Três receosas do aguilhão.
Sírio, Maior brilho, a fera vigilante,
Latindo ao Navio que rasga onda avante,
Canopéia capitã, na Popa alma errante,
E o Cruzeiro pouco abaixo, retrato espumante.
Imortais vi os irmãos Pólux, Castor,
Gêmeos bicolores amarrados pela dor,
Logo ali Aldebarã, Touro ruivo em furor,
E o Cocheiro da Capela levando seu senhor.
Foram bestas e homens a galgar o firmamento,
Gigantes peregrinos onde sopra nenhum vento,
Do Sul os mais belos, ó terra de contento!
Teu zênite o melhor, teu céu real alento!
Pudera!
Do pálido azul ao rubro ardente,
No amarelo débil ou branco luzente,
Deu-me a lonjura prenda excelente.
Pérolas mil em negra enseada,
Amigas silentes, jóias ao nada,
Velas tantas de escura morada.
Estrelas, estrelas,
Como não me enamoraria de estrelas?
Gabriel Lago.
Lidas
Vós, que contais tesouros
Sem voz nem arquejo:
Ternas, minhas, tão cálidas,
De sortes mães e agouros,
Em trevas doce lampejo!
Levai-me a boas lágrimas,
Terras, dias vindouros,
Meu puro e caro desejo.
Sois ricas, altas, impávidas,
Núncias de honra e desdouros!
De fato vos tenho por sábias,
Amigas que amo e almejo.
—
Gabriel Lago.
Longânimo
—
Gabriel Lago.
Trecho de “Provérbios Quaisquer”, disponível para leitura gratuita no Wattpad: (Clique aqui)
"Memento mori"
—
Gabriel Lago.
Trecho de “Provérbios Quaisquer”, disponível para leitura gratuita no Wattpad: (Clique aqui)
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Lobos
—
Gabriel Lago (2012).
[Imagem: Mikhail Avilov]